domingo, 30 de maio de 2010

EFEITOS DO CRACK NO ORGANISMO

Efeitos do crack no organismo humano


Boca: Porta de entrada da droga, sofre com queimaduras, inflamações na gengiva, cáries e perda de dentes.

Sistema digestivo: Como o organismo passa a trabalhar em função da droga, o dependente não tem vontade de comer e emagrece muito rápido. Por isso, fica desnutrido. Úlceras gástricas e diarreias também são frequentes.

Sistema reprodutor: Quem usa crack fica mais exposto a comportamentos sexuais de risco. Pesquisa da Unicamp com 252 usuários de cocaína e crack mostrou que 20% tinham o vírus HIV e 67% dos entrevistados nunca usaram preservativo nas relações sexuais. O dependente pode perder o interesse por sexo ou apresentar impotência.

Dedos: De tanto acender o cachimbo de crack, muitos queimam os dedos a ponto de deformá-los.

Cérebro: O uso crônico leva a danos cerebrais. A droga compromete a atenção, a fluência verbal, a memória e as capacidades de aprendizagem, concentração e planejamento. Paranóias também são comuns. Se ouve um barulho, o dependente pode pensar tratar-se de um helicóptero que o está perseguindo, por exemplo. Surtos psicóticos, perda de valores éticos e agressividade são outros comportamentos observados.

Pulmões: São os primeiros órgãos expostos às substâncias do crack. Tosse por irritação dos brônquios e chiados no peito podem aparecer dentro de minutos ou após várias horas de uso. Há casos de edema pulmonar.

Sistema cardiovascular: São comuns sintomas de taquicardia, aumento da pressão arterial e até arritmias, especialmente quando a droga é combinada com álcool. Isso pode levar a um acidente vascular cerebral (AVC) ou a um infarto agudo do miocárdio, mesmo em pessoas jovens.



Segundo estudo do psiquiatra Ronaldo Laranjeira, da Universidade Federal de São Paulo, 30% dos dependentes de crack morrem antes de completar cinco anos de uso. “É um índice maior que o da leucemia e de outras doenças graves”, alerta. As causas dos óbitos vão além dos malefícios da droga no corpo — para conseguir saciar o vício, o usuário perde a noção do perigo e envolve-se constantemente em situações de alto risco. “Mais da metade dessas mortes foi decorrente de confrontos com traficantes ou policiais.” A destemida busca pelo crack é acarretada pelo seu elevado e incomparável potencial viciante. “É raríssimo encontrar alguém que o use apenas social e esporadicamente”, diz a psicóloga Fátima Padin, especialista em dependência química e proprietária da Clínica Alamedas, nos Jardins. “Quem prova uma vez fatalmente vai querer usar de novo e de novo e de novo.” A sujeição cega deve-se ao imediatismo de seu efeito.



Números que assustam

Morte anunciada: Um em cada três usuários de crack morre nos primeiros cinco anos de consumo da droga, segundo estudo da Unifesp.

42% foi o crescimento da procura de dependentes de crack pelo Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) entre 2005 e 2009


Surgido nos Estados Unidos, o crack é, grosso modo, a cocaína em pedra, para ser fumada em cachimbos ou latas. Ao ser tragada, a droga atinge os pulmões e entra na corrente sanguínea instantaneamente, chegando ao cérebro em menos de dez segundos, ao contrário da cocaína em pó, que leva cerca de dez minutos para fazer o trajeto. “Ao tragar, o barato é instantâneo. E, para piorar, curto”, conta o psiquiatra Jorge César Gomes de Figueiredo, da clínica Vitória, em Embu, a 30 quilômetros da capital. “Você sempre quer mais e mais”, confirma Gabriel Mori, há pouco mais de três anos “limpo” — termo usado pelos viciados para definir os abstinentes. Morador do Butantã, Mori, 26 anos, empresário, é o retrato da realidade ainda pouco conhecida no universo do crack.

Antes relegada às classes mais baixas e simbolizada pela Cracolândia, no centro da cidade, a droga na última década ascendeu socialmente e passou a atingir em cheio as classes A e B. Dados da Secretaria Estadual de Saúde apontam que, entre 2006 e 2008, o número de usuários com renda familiar acima de 10 000 reais aumentou 139,5%. Não há estatísticas mais recentes, mas em clínicas especializadas na recuperação de dependentes químicos o sinal vermelho se acendeu faz tempo.


Extraído de http://vejasp.abril.com.br em 30/05/2010

4 comentários:

  1. Gostei muito do assunto colocado no seu blog.
    Precisamos de bastante informação para alertar os jovens sobre esse mal do século que é o crack.
    Abraços.

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  2. conheço uma pessoa que esta sempre com os dedos queimados, ela pode ser usuaria de crack?

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  3. Adorei as informações desta postagem.
    Usei como material para o projeto "Crack: A pedra da Morte-ano 2" da escola.
    Obrigado, professor.

    Jean- 2º C

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  4. odeio o crack tal igual como odeio o diabo

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